Ana Patricia Botín foi nomeada nesta quarta-feira (10/09), por unanimidade, como presidente do Grupo Santander, em substituição ao pai, Emilio Botín, que morreu na noite passada em Madri aos 79. Ela exercia até o momento o cargo de conselheira delegada do Santander Reino Unido.
O banco explicou que a Comissão de Nomeações, que se reuniu nesta manhã, propôs a indicação de Ana Patricia Botín como presidente da instituição, por considerá-la “a pessoa mais idônea dada suas qualidades pessoais e profissionais, sua experiência, sua trajetória no grupo e seu unânime reconhecimento nacional e internacional”.
Na tarde de hoje, o Conselho de Administração do grupo ratificou a nomeação de Ana Patricia Botín e expressou seu profundo pesar pelo falecimento de Emilio Botín, “que protagonizou a extraordinária transformação do Santander, transformando o banco no primeiro da zona do euro e em um dos mais importantes do mundo”.
Segundo o comunicado da instituição financeira CNMV, após a reunião de Conselho de Administração, Ana Patricia Botín disse que agradecia o apoio “neste momento tão difícil” para ela e sua família.
“Asumo com total compromisso minhas novas responsabilidades. Durante anos trabalhei no Grupo Santander em diferentes países e pude comprovar a enorme qualidade e dedicação de todas nossas equipes”, declarou a nova presidente do grupo.
Desde que a morte de Emilio foi divulgada pelo banco na madrugada de hoje, já especulava-se que ela era a mais cotada para o cargo.
Em Londres, o jornal econômico Financial Times afirmou que sua filha Ana Patricia, atualmente à frente da filiam britânica da instituição, “é vista há muito tempo como a principal aspirante a suceder seu pai”.
A emissora pública britânica BBC disse que se Ana Patricia Botín fosse nomeada sucessora de seu pai, passaria a ser “um dos membros de um clube bastante pequeno, o das mulheres que alcançaram chegar ao lugar mais alto das que desempenham um significativo poder financeiro”.
Emílio Botín
Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos nasceu em 1934 na cidade de Santander, balneário no norte espanhol berço do grupo financeiro. O banqueiro ingressou ao conselho de administração do Santander em 1960.
À frente da presidência, Botín foi o grande responsável pelo forte crescimento da instituição financeira dentro do país – onde comprou o Banesto e o Central Hispano – e fora da Espanha, onde fincou fortes raízes na América Latina e outros países como Estados Unidos após aquisições bilionárias, como a do Banespa no Brasil e do Sovereign Bank nos EUA.
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