O mercado de beleza brasileiro tem recebido um número maior de players estrangeiros, em especial da indústria, que querem pegar uma fatia deste segmento promissor. O País manteve em 2013 o título de terceiro maior mercado consumidor do mundo.
A venda de produtos de higiene e beleza e somou US$ 43 bilhões, a preço praticado no varejo, conforme dados do Instituto Euromonitor. Ainda segundo o instituto, o Brasil participa com 9% do consumo mundial dessas categorias, e com 54% na América Latina. “Os investidores estrangeiros estão sempre em busca de boas oportunidades e o Brasil supre essa expectativa”, afirmou ao DCI o diretor nacional de venda da Imbel Professional Products, Lucas Pontes.
Por meio da importadora Imbel, quatro marcas internacionais fizeram sua estreia no mercado brasileiro de beleza. “Trouxemos ao País a marca Sexy Hair, Keratin Complex e a Living proof., que terão venda exclusiva nas lojas da rede Sephora”.
Mercado premium
Segundo o CEO da importadora, Claudio Scorpo, a escolha da varejista francesa de produtos de beleza deve-se a atuação exclusiva no mercado premium. “Nosso foco é trazer produtos diferenciados e que tragam ao segmento de cuidados para cabelo e corpo o que há de mais avançado lá fora”, disse ele. Só com a Living proof., a Imbel quer crescer 35%.
Além das grifes mencionadas, a importadora prepara a estreia da norte-americana Dermologica. “Teremos também a John Masters Organics sendo lançada, além de algumas novidades que não podemos ainda falar quais serão”, apontou Scorpo.
Quem também está apostando as fichas no mercado brasileiro é a a PhotoMedex, que ano passado passou a atuar no mercado nacional com aparelhos domésticos de beleza. “Estamos absolutamente felizes com os resultados no País. Já foram investidos US$ 8 milhões em marketing”, disse o CEO global da empresa, Dolev Rafaeli.
Novidades
No ano passado, a PhotoMedex trouxe o no! no! Hair aparelho para depilação doméstica. Agora, traz o que promete acabar com a acne em casa. “O no! no! Skin, que é a melhor solução para espinhas, com uma tecnologia patenteada e comprovada, que já chega com a vantagem da plataforma do no! no! 8800”, explicou.
As duas marcas estão disponíveis nas principais redes varejistas. “Estamos em mais de 130 portas, nos principais varejistas em São Paulo – Fast Shop, Magazine Luiza, Onofre e nos e-commerces Ricardo Eletro, B2W e Novaponto.com. E demos início à nossa própria plataforma de atendimento em setembro de 2014”, disse. Conforme ele, no próximo ano, a meta é expandir a atividade no Brasil, especificamente no Rio de Janeiro, que terá contará ainda com novos produtos.
No setor, a perspectiva é que o uso de aparelhos domésticos deva dobrar no mercado global até 2018. Assim, deve passar de U$ 700 milhões em 2011 para U$ 1,6 bilhão em 2018, segundo pesquisa da Global Data, realizada em 2012.
Na opinião do coordenador de atendimento ao varejo da Nielsen, Carlos Gouveia, o segmento de higiene e beleza parece estar ileso da recessão do mercado de consumo. “Enquanto no nicho de alimentos e produtos de limpeza acontece uma migração de categorias, nos artigos de higiene e beleza o índice é menor.”
Gouveia explicou também que hoje, no País, o mercado de tratamento capilar é o líder em vendas e que a tendência é de que novos investidores passem a ofertar cada vez mais produtos por aqui. “É um mercado promissor, com um número significativo de novos clientes. Podemos, sim, ver novas empresas chegando”.
