Emprego agrícola cai 25% em nove anos e fica atrás de indústria e comércio

A participação dos brasileiros empregados na atividade agrícola despencou 25% na comparação entre 2004 e o ano passado, segundo a Pnad 2013 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No estudo realizado há nove anos, 20,4% dos trabalhadores com 15 anos ou mais atuavam no setor, o que representava estimativa de aproximadamente 17 milhões de pessoas. Já em 2013, o indicador de ocupação na área agrícola foi calculado em 13,4% do total de trabalhadores brasileiros, o equivalente a uma estimativa de 12,8 milhões de pessoas.

A queda de ocupação na agricultura pode estar relacionada, de acordo com o IBGE, a dois fenômenos distintos: o processo de mecanização e investimento em tecnologia e o fluxo migratório para as áreas urbanas.

A Pnad 2013 revelou que o setor agrícola –que, desde 2007, já havia perdido o posto de maior empregador do país para a área de comércio e reparação– ficou atrás da indústria pela primeira vez na amostra do IBGE. No ano passado, a área de comércio e reparação representou 17,9% do total de pessoas empregadas; a indústria teve 13,5% e a atividade agrícola, 13,4%.

Dos 12,8 milhões de empregados no setor agrícola, 44,5% estão baseados na região Nordeste (5,7 milhões de pessoas). Em todo o país, há pouco mais de 9 milhões de homens trabalhando na área. Já 3,8 milhões são mulheres.

Por outro lado, a estimativa absoluta de empregados na área de comércio e reparação cresceu 19%: de 14,4 milhões, em 2004, para 17,1 milhões, em 2013. Já a projeção da indústria se manteve estável no período, com pequenas oscilações. A comparação entre as pesquisas apontou pequena redação percentual: de 14,8%, em 2004, para 13,5%, em 2013.

A projeção de empregados da área de construção, por sua vez, seguiu o caminho inverso. Passou de 6,4% (5,3 milhões em 2004) para 9,2% no período (8,8 milhões no ano passado).

Intervalo de confiança

Por ser uma pesquisa por amostra, as variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um intervalo numérico, que é o chamado “erro amostral”. Segundo o IBGE, não há uma margem de erro específica para toda a amostra. Para a Pnad 2013, foram ouvidas 362.555 pessoas em 148.697 domicílios pelo país.

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